AVALIAÇÃO DO ENSINO BASEADO EM SIMULAÇÃO DE ALTA E BAIXA FIDELIDADE EM CENÁRIOS RESPIRATÓRIOS PEDIÁTRICOS: UM ESTUDO PILOTO

Introdução: A avaliação sobre a aquisição específica de habilidades e competências, utilizando a comparação entre simulação de alta e baixa fidelidade em pesquisas que envolvem doenças respiratórias pediátricas são escassas na literatura.
Objetivo: Avaliar duas metodologias de ensino baseadas em simulação, quanto a aquisição de habilidades e competências em casos clínicos relativos à insuficiência e desconforto respiratório, em estudantes de medicina.
Método: Foram randomizados 24 alunos do quarto ano do curso médico de uma instituição privada de Belo Horizonte, Minas Gerais, em dois grupos, um de alta e outro de baixa fidelidade. Os instrumentos de avaliação foram: questionário sociodemográfico, pré e pós teste teórico e prático e escala de satisfação (Likert). Os oito cenários, dois de cada tipo, envolviam os quatro tipos de problemas respiratórios: obstrução de via aérea alta/obstrução de via aérea baixa/doença do tecido pulmonar/distúrbio do controle respiratório. Para a análise estatística foram utilizados: testes de normalidade, análise de variância paramétrica, qui-quadrado e Kappa.
Resultado: Os grupos foram homogêneos e ambos se mostraram satisfeitos com a técnica aplicada, na parte teórica e prática. Os resultados da avaliação prática foram semelhantes. Houve aumento na pontuação do pós teste teórico nas duas metodologias (p = 0,000 para alta e 0,019 para baixa fidelidade). Quando as duas metodologias foram comparadas entre si, tanto no pré quanto no pós teste teórico, não existiu diferença estatística no desempenho (p =0,436 para alta e 0,990 para baixa fidelidade).
Conclusão: As simulações de alta e baixa fidelidade são ferramentas de ensino que melhoram o desempenho teórico e a aquisição de habilidades práticas em cenários respiratórios pediátricos. Neste estudo piloto nenhuma metodologia exerce supremacia sobre a outra.