AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ESCORE DE ALERTA PRECOCE DE GRAVIDADE NA POPULAÇÃO INFANTIL INTERNADA EM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA TERCIÁRIA.

Introdução: O escore PEWS foi desenvolvido para identificação precoce de crianças em deterioração clínica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho deste escore na população infantil internada em um hospital de emergência terciária em uma cidade do interior de São Paulo. Método: Estudo prospectivo de coorte que analisou crianças menores de 15 anos, com qualquer diagnóstico principal, com ou sem comorbidades internadas por no mínimo, 24 horas. Para cada criança foi calculado o escore de PEWS a cada 8 horas. Resultados: Foram avaliadas 669 crianças com mediana de idade de 60 meses (1-191). Cerca de 19% das crianças apresentavam doença de base. Foram obtidos 7.414 valores de PEWS com uma média de 11,08 (DP 16,7021) valores para cada criança e uma mediana de 7 (1-191). A maioria das medidas de PEWS foram de 0 (51,90%) e 1 (27,90%). A curva ROC, para melhor valor de PEWS, mostrou que o valor PEWS > 2 tem a sensibilidade 96,77% e especificidade de 99,37% associada à internação de Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. Considerando os pacientes que apresentavam comorbidades, o valor PEWS > 2 tem a sensibilidade 100% e especificidade de 96,46%. Conclusões: O escore de PEWS é uma ferramenta de fácil aplicabilidade. Há diferenças de valores de PEWS entre as crianças que internaram no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico e não internaram. Doença de base tem medidas de escores de PEWS maiores que aqueles que são previamente hígidos. A construção de protocolos baseados no escore PEWS deve ser individualizada para cada serviço levando em consideração as característica dos pacientes. A avaliação de valores de PEWS de forma isolada não deve ser adotada como um instrumento útil para encaminhamentos ao Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. O uso do escore deve sempre ser seguido de avaliações médicas para qualquer tomada de decisão.