AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO CLÍNICO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM HOSPITAL MUNICIPAL EM SÃO PAULO

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a doença bacteriana mais frequente em lactentes. Realizar seu diagnóstico de maneira precisa previne a disseminação da infecção, o surgimento de cicatrizes renais e evita o sobrediagnóstico da ITU, evitando tratamentos e exames de imagens desnecessários. Para seu diagnóstico correto, foi proposto, em 2015, a implantação do Protocolo Clínico “Infecção do Trato Urinário” em hospital municipal em São Paulo. Após três anos da sua implantação, saber se o mesmo está sendo seguido de forma correta, se fez necessário. Objetivo: Avaliar se o Protocolo Clínico “Infecção do Trato Urinário”, está sendo seguido no atendimento dos pacientes pediátricos. Métodos: Foi realizada uma pesquisa retrospectiva, descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, através da coleta de dados dos prontuários dos pacientes encaminhados para seguimento no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica em 2018, após alta de internação hospitalar por ITU. Resultados: Foram analisados 56 prontuários, a maioria (66) era do sexo feminino e tinha idade na faixa etária do lactente (60,7). Febre foi observada em 87,5 dos casos, tendo sido a queixa referida predominante, independente de sexo e faixa etária. Em 48,2 dos casos, a técnica da coleta para a obtenção da amostra de urina foi feita da maneira adequada – 42,9 por sonda vesical de alívio em pacientes sem controle esfincteriano e 5,3 por jato médio em crianças com controle esfincteriano. A urocultura foi solicitado para confirmação da ITU em 91 dos casos. Em 72,7 da urocultura positivas, a Escherichia coli foi encontrada como agente etiológico causador da ITU. O esquema terapêutico mais utilizado foi o esquema – ceftriaxone/cefalexina, em 39,4 dos casos. Conclusão: Os dados obtidos permitem concluir que o protocolo proposto está sendo seguido, porém existem ainda algumas falhas na adesão, principalmente no esquema terapêutico a ser utilizado.