INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos pediátricos consistem no cuidado ativo e global com o corpo, mente e espírito da criança, envolvendo toda a família e se adaptando ao nível de desenvolvimento do infante, podendo acompanhá-lo até a vida adulta. A musicoterapia, como ação paliativa, melhora a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, sendo uma terapia não farmacológica, apropriada em qualquer fase da doença, podendo reduzir a necessidade e os efeitos colaterais de analgésicos. OBJETIVO:
Avaliar a utilização da musicoterapia nos cuidados paliativos pediátricos e a relação com o estado psicológico e efeitos secundários do tratamento patológico. MÉTODO: Revisão integrativa da literatura na base de dados Scielo, PubMed e Residência Pediátrica utilizando os descritores: Music Therapy, Palliative Care, Humanization of Assistance, Pediatric. Foram incluídos na pesquisa artigos científicos no idioma português e inglês disponibilizados em texto completo e publicados nos últimos 12 anos (2010-2022). RESULTADOS:
A musicoterapia pode beneficiar os pacientes pediátricos no processo de ansiedade e sofrimento psíquico e social, pois permite a expressão de sentimentos e resgate de lembranças, e fortalece o vínculo entre paciente, família e equipe de saúde. Além de contribuir com o desenvolvimento emocional, ajuda a desenvolver o cognitivo. Esse método não farmacológico é uma alternativa ou complemento aos analgésicos, visto que a música afeta as respostas nociceptivas espinhais, responsáveis pelo processamento da dor. Ademais, a musicoterapia libera endorfinas que aliviam tensões musculares e controlam a dor, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente. CONCLUSÃO: A musicoterapia tem alto potencial para auxiliar na promoção do bem-estar do paciente pediátrico, melhorando a compreensão de sua situação patológica e aliviando a dor e o sofrimento. Portanto, a musicoterapia pode e deve ser incluída como alternativa de cuidados paliativos pediátricos no sistema público de saúde, fortalecendo políticas públicas, como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs).