INTRODUÇÃO
No Brasil, aproximadamente 10 dos bebês nascem antes de 37 semanas de idade gestacional. Esta alta prevalência de prematuros se associa com várias complicações que são a primeira causa de mortes neonatais e infantis.
OBJETIVO
Verificar o tipo de aleitamento do paciente na primeira consulta no ambulatório e sua relação com a classificação por idade gestacional.
MÉTODOS
Estudo do tipo observacional, retrospectivo, em corte transversal e quantitativo. Após aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa foi feita a análise dos prontuários conforme os critérios de inclusão: prematuridade, ter até cinco meses na primeira consulta e ter seguimento ambulatorial por mais de quatro consultas sequenciais. Foram selecionados 26 pacientes. Esses prematuros foram divididos em três grupos: Aleitamento Materno Exclusivo – AME, aleitamento materno e fórmula como complemento, Aleitamento Artificial. Foram estudadas as variáveis idade gestacional, a idade na primeira consulta, tempo de internação, adesão a relactação e a evolução do tipo de aleitamento.
RESULTADOS
Dentre os prematuros analisados, 12 (46.15) chegaram em aleitamento materno exclusivo e mantiveram por 6 meses. Destes 9 eram prematuros tardios, 2 moderados e 1 extremo. A média de tempo de internação neste grupo foi de 17 dias. Chegaram 5 (19,23), em aleitamento complementado, 2 eram prematuros tardios, 2 moderados e 1 extremo. A relactação foi bem sucedida em 4 que evoluíram para AME. Em aleitamento artificial 9( 34,61), só um relactou e 8 permaneceram com aleitamento artificial. Neste grupo, 1 era prematuro tardio, 4 moderados e 4 extremos, a média de tempo de internação foi de 55 dias. Quanto menor a idade gestacional e maior o tempo de internação, mais difícil a introdução e permanência do aleitamento materno .
CONCLUSÃO
Os achados do trabalho demonstram a importância da prevenção do desmame precoce, da orientação para a relactação e sua relevância para o melhor desenvolvimento do paciente.