O portal Terra Saúde publicou artigo no qual divulga um estudo realizado na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, que defende que filhos que aprendem a se expressar e discutem com os pais são mais capazes de resistir à pressão de colegas para usar drogas e ingerir álcool. De acordo com a matéria, os pesquisadores gravaram 150 jovens de 13 anos discutindo com suas mães e, após três anos, avaliaram os participantes questionando sobre suas vidas e experiências com drogas e álcool. Aqueles que foram confiantes e racionais durante a “briga” com a mãe se mostraram mais propensos a recusar os dois itens. Um dos pesquisadores envolvido no estudo afirma que o que se passa na família é um campo de treinamento para adolescentes em termos de como negociar com outras pessoas. A equipe da Universidade da Virgínia defende as discussões, desde que tenham “boas razões apresentadas de forma moderada” para que possam dar um bom exemplo.
FONTE: Terra Saúde, 20 de Junho de 2012
http://saude.terra.com.br/bem-estar/estudo-adolescentes-que-discutem-com-pais-resistem-mais-as-drogas,0aca624b5ba08310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
Comentário:
Dr. Carlos Alberto Landi
Membro do Departamento Científico de Adolescência da SPSP
No grave problema de uso de substâncias psicoativas na adolescência, temos que a família pode atuar tanto como fator de risco, como protetor. Não podemos deixar de considerar fatores genéticos (filhos de dependentes de álcool e drogas têm quatro vezes mais chance de tornarem-se dependentes). É sabida a importância da família na formação do adolescente, a criança deve aprender a lidar com limites e frustrações, adquirindo um repertório de recursos para enfrentar tais frustrações no decorrer da vida. Várias pesquisas mostram que um bom relacionamento com os pais tem uma correlação positiva com o não-uso de drogas, claro é que neste relacionamento com os pais o diálogo franco e direto, o respeito ao adolescente e o acolhimento da família tem papel fundamental.
Publicado no site da SPSP em 25/10/2012.
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