“Haverá um futuro em que as nações viverão em harmonia… Eles converterão suas espadas em arados e suas lanças em foices (…), criando um ambiente em que a realidade é transformada e o impossível se tornará possível: O lobo vai brincar com o cordeiro, e o leopardo vai dormir com o cabrito. O bezerro e o leão comerão no mesmo cocho, e uma criança será capaz de cuidar deles…”.
A ‘Paz Universal’ é desejo de todos, que foi expresso com intensa beleza poética e profundidade metafórica neste trecho extraído de um dos livros sagrados da humanidade, com especial interesse para as três religiões abraâmicas – Isaías.2:4 e 11:6.9.
A “utopia” de alcançar a Paz Universal se assemelha a um horizonte que, quanto mais caminhamos em sua direção, mais parece se afastar; no entanto, precisamos continuar em seu encalço. Sem diálogo entre os homens, não haverá paz entre as nações.
A grande mesa moderna de negociações e de conversas se chama ONU – a Organização das Nações Unidas, que desempenha um papel central na promoção e proteção dos direitos humanos globais. Por meio de seus órgãos, como o Conselho de Direitos Humanos e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a organização monitora violações, apoia países na implementação de normas e fomenta diálogos para resolver crises humanitárias.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, marca a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. Esse documento histórico estabelece direitos e liberdades fundamentais que devem ser garantidos a todas as pessoas, independentemente de nacionalidade, raça, gênero, religião ou outra condição.
Dias como este, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, têm como objetivo chamar a atenção para causas globais, educar a população e mobilizar ações. Essas datas são oportunidades para todos refletirem sobre os avanços e desafios na proteção de direitos.
Apesar das dificuldades, o sistema internacional conseguiu avanços significativos. A proibição da tortura, o maior reconhecimento dos direitos das mulheres, a melhoria na proteção dos direitos das pessoas LGBTQIA+ em muitos países são exemplos de progresso. No entanto, violações maciças, como a perseguição de minorias, a falta de liberdade de expressão e a crise climática mostram que ainda há muito a ser feito.
Sem liberdade, justiça, equidade e respeito à dignidade humana, jamais alcançaremos a tão desejada ‘Paz Universal’. Esse é um caminho que deve ser perseguido com sabedoria e coragem.
Relator:
Fernando MF Oliveira
Coordenador do Blog Pediatra Orienta da Sociedade de Pediatria de São Paulo